Saudações Isabel e Fábio... Boa tarde!Mais uma vez agradecemos eu e Fco. Antônio pelo acolhimento e oportunidade de dançar com a Cia Caleidos.Algumas questões vieram à tona no decorrer das vivências (ricas por sinal) dessa semana de intercâmbio com a dança-arte-cultura paulistana. Enquanto artista da dança e docente sempre me coloco em questionamentos que partem das perguntas: O que quero com minha dança? Que dança quero desenvolver e com quem? Metas... e em meio a tudo isso, o que não quero, o que não me causa identificação?O exercício de um "olhar de longe" me fez perceber mais ainda que podemos juntamente com parceiros locais criar e desenvolver projetos de dança que possam abarcar demandas populares, até então excluídas dos grandes teatros. No caso de Itapipoca a emergência é pensarmos em ocupação de espaços que existem na cidade e região, universidades, escolas, ONGs, enfim, não possuimos palcos. Outra questão que me move nesse momento paira em torno da metodologia de ensino da dança. Não acredito que podemos trabalhar criação de movimento corporal sem passarmos pelo exercício de técnicas universais da dança. O corpo não consegue oferecer em uma improvisação o que não possui ou o que não construiu. Se faz necessário que nossos adolescentes, estudantes de dança, passem por todas as experiências de dança possíveis para que não se negue a história e as técnicas ocidentais (elementos fundamentais para se compreender no corpo a história da dança). Estou cada vez mais certo que é preciso se conhecer-experimentar técnicas diversas em dança para que um corpo híbrido possa dialogar em todas as linguas... limitação empobrece uma obra artística. Percebo que quanto mais oferecemos híbridas oportunidades de dançar, mais nossos(as) alunos(as) tornam-se autônomos e criadores.Senti em São Paulo algo que paira em Fortaleza: o trabalho com elencos. Venho de uma experiência de 15 anos com uma Cia que praticamente é a mesma desde o início. Isso é um dado que nos dá possibilidades de aprofundar coletivamente uma linguagem de forma processual, sem falar dos laços afetivos construídos no cotidiano concreto das pessoas que se propõem conviver e dançar juntas. Muito se têm pra contar e relembrar do que se sonhou e se fez... porêm, hoje, além da Cia sinto a necessidade de trabalhar com outros corpos em temporadas curtas. O desapego é um exercício nobre que ainda preciso aprender.Outra questão que acredito ser fundamental: residências, oficinas, intercâmbios... todas essas propostas de vivências em dança precisam ser trocas de ambos os lados. Só ter ensaiado não me bastaria enquanto artista... foi muito importante ter dançado... e mais ainda, ter devorado todos os cantos e recantos de São Paulo (a partir das propostas dadas por Claudinha e de Isabel). Enfim, tudo foi crescimento, crise, retomada, avaliação, planejamento, retornos... Muito obrigado e espero que nos vejamos em breve na bienal de dança do ceará.
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