Programa de investigação artística enraizado nos estudos do corpo e do movimento a decorrer de 28 de Outubro de 2013 a 25 de Abril de 2014.
Um período de 6 meses dedicado ao exercício da investigação artística propondo a afinação de percursos individuais construídos numa atmosfera colectiva que potencia a reflexão, a discussão e o apuramento da acção.
O programa da FIA parte de uma não separação entre teoria e prática propondo a experiência da arte enquanto forma de conhecimento e a investigação artística enquanto exercício contínuo de levantamento de matéria de trabalho.
Trata-se de um período intenso dedicado a práticas diárias que se disponibilizam a apurar questões emergentes tanto no ser-estar-fazer de cada indivíduo como no ser-com, estar-com e fazer-com de um colectivo de singulares.
A partir deste exercício materializar-se-ão linhas de investimento próprio necessárias para a consideração da elasticidade, rigor e clareza tanto de propostas formuladas por outros investigadores como de propostas afinadas por cada pessoa integrante da fia.
A FIA aceita anualmente entre 8 e 12 participantes/fiadores.
O programa compreende uma carga horária diária de 5 horas compreendida entre as 10 e as 15h e só vai sendo detalhado à medida que vamos percebendo quem integrará a próxima FIA.
Este investimento será orientado e acompanhado por profissionais que se têm dedicado à investigação e à criação, considerando um corpo-mundo. As matérias apuradas têm sido a escrita, a dança, a documentação, a filosofia, a educação, a embriologia, a politica ou o trabalho com a cidade e considera uma elasticidade de corpo que transita entre o espaço de estúdio, a rua e a praça.
Para além deste tempo em que os fiadores e os acompanhadores se encontram em colectivo a FIA convoca ainda, como parte integrante do programa, conversas semanais individuais e participação mensal no espaço experimental, bem como sugere a participação nas exposições, conversas e dabates públicos programados não só pelo c.e.m.
Durante estes 6 meses de prática haverá ainda momentos de comunicação da investigação em curso, cabendo a cada fiador afinar os conteúdos em levantamento durante este período com as vias de “chegar ao outro” que considere mais adequadas. A dimensão pública final desta comunicação será aquela que o criador considerar pertinente enquanto exercício ajustado à sua relação com a matéria de estudo que foi depurando no decurso da FIA.
Na continuação da FIA o c.e.m acolhe também candidaturas a estágios de investigação artística (zona z).
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