Publicado por jorge schutze el 1 de Junio de 2009 a las 4:30am
IV VISOES URBANAS - REFLEXÔES SOBRE O CORPO E O AMBIENTE URBANO. Participar de um festival de dança em paisagens urbanas é um grande previlegio que nos faz refletir. Antes de mais nada a velha pergunta: Qual o lugar da dança?? Que espaços reais e virtuais a dança ocupa/deve ocupar na tribulada burocracia a que os corpos se submetem nos tempos que correm? E mais. Como gerar/gerir/criar significados nas pesquisas que a dança contemporânea vem realizando, especialmente no espaço aberto, democrático e (teoricamente) livre da rua? Depois de tantos questionamentos e e tensionamentos causados pelos textos de Foucault no final do seculo passado, o que a dança pode em relação ao biopoder e ao disciplinamento corporal? Ou até, a que mais serve a dança na rua ? Na verdade os questionamentos levantados por Foucault, não se exauriram, até porque pouco se fez de lá pra cá em relação a isso. Continuamos a fazer-nos vítimas de nossa propria construção social simbólica. O que nos espanta, é que os mesmos mecanismos de controle e disciplinamento possam ser aplicados aos procedimentos artísticos, inclusive à dança. De tal modo que se observa uma supremacia do estético sobre o espontâneo, tantos anos decorridos das experiências de Oiticica e seus Parangolés. Mais espantoso ainda: a supremacia do coreógrafo sobre a dança dos "seus subordinados". O espaço para o corpo autônomo ou em busca de autonomia, com sua expressão imediata, não pode ainda ser aceito dentro dos cânones da dança oficial. O valor vigente é o de uma estética de empréstimo. Uma estética coreográfica que imita o objeto de desejo (europeu/americano/etc) sem questionar nem a sujeição, nem o proprio corpo - único lugar possivel de uma revolução (se é que ainda a desejamos) Tudo isso se torna questionvel nas ruas das cidades terceiro-mundista, sobretudo porque o corpo cotidiano tem criado cada vez mais espaços de rebelião: nas greves, nos movimentos sociais, nas festas, no sexo, na brincadeira, e até na violência, no uso de drogas, etc. Daí a importância do espaço urbano. Que razão teria a dança para abandonar a tranquilidade das salas de teatro, e invadir o espaço público? A transposição de espetáculos das salas para a rua pode ampliar a a possibilidade e a diversidade das platéias, mas existe nisso suficiente argumento? E o corpo educado para a dança, o que ele tem exatamente a dizer ao espaço e público da rua? Reafirmar sua supremacia e destreza espetacular?. Apontar a incondição, a falência e a precariedade do corpo dito comum? como isso pode ser visto eticamente? Que ética da relação corporal nos interessa? Ao levantar-se questões sobre o corpo-que-dança na rua minha intenção é procurar um avanço nas minhas pesquisas corporais, e especialmente na relação desta com o público e o espaço urbano, ja que o humano prescinde mais e mais das investigações que a dança tem gerado, tanto mais agora em que o corpo foi reconhecido como principal midia em todas as área do conhecimento. E sabemos, como bailarinos, que ele carrega em si toda a possibilidade entre a revolução e disciplinamento. Só por poder gerar questionamentos em relação ao meu próprio trabalho e a tudo o que pude conferir, ja tenho que agadecer imensamente a todos os participantes, e especialmente à organização do festival. Porisso muito confete para o Ederson, Andrea, Bárbara, Elder, Rodrigo, Diogo, Mirtes e a todo o pessoal da cia. artesãos do corpo, e aos nossos incansáveis motoristas
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Hola :: Gusto en leer tu reflexión , somos una Cia de Danza en espacios públicos chilena. llevamos 5 años trabajando e investigando la da Danza de calle .
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