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            Colocar nossas danças nas bocas, ouvidos, mãos, olhos dos outros, do outro que constrói junto, que vai construir junto ou que vem construindo junto. Colocar nossas danças a serviço daquelas coisas que fazem a vida valer a pena. É com esse ideal maior que em menos de duas semanas será realizada a Plataforma Internacional de Dança, a PID, em uma das cidades com maior eferverscência artística do país: Salvador, Bahia. Entre os dias 3 e 11 de novembro, o evento se espalhará por diversos pontos da cidade promovendo o debate sobre o fazer da Dança, em locais como Biblioteca dos Barris, Espaço Xisto, Sesc Pelourinho, Galeria Aliança Francesa, Teatro Moliere, Solar Boa Vista de Brotas e Centro Cultural Plataforma.

            Vários eixos se cruzarão durante a PID. Através da terceira edição do Seminário de Economia da Dança, da terceira edição das Jornadas sobre Curadoria para Dança e da segunda edição da Mostra Artística PID, mais conhecimento será produzido nos âmbitos de gestão, comunicação, produção, produção artistica, entre outros que fazem parte dessa cadeia produtiva.

            Ousado, o projeto compila vários objetivos em múltiplas atividades. Na busca do diálogo sobre a Dança, os territórios dessa corrente artística serão explorados para dar vazão ao novo. Novas ideias, novos ideais, novos projetos, novas discussões sobre o que tem sido produzido não apenas no universo baiano, mas brasileiro e além-fronteiras. Para isso, artistas do Uruguai, Colômbia, Argentina, Equador, Chile e Alemanha foram convidados.

            Com foco no circuito alternativo e experimental, a PID se apoia na ideia de colaboração e acredita na associação com o outro. “Convidamos sempre pessoas que tenham um perfil que prioriza a qualidade artistica sobretudo, dando visibilidade tanto a artistas e gestores reconhecidos pelos grandes festivais como a aqueles que se mantêm em circuitos menores, alternativos, "off"”, conta Nirlyn Seijas, coordenadora geral da Plataforma junto com Catarina Gramacho. “Queremos tentar tornar o invisível em visível.”

            E que cheguem novos pensamentos, novos trabalhos e que chegue você. As discussões serão pautadas na dança, mas todo admirador desse universo é convidado. As inscrições às atividades são gratuitas e já podem ser feitas no endereço www.pidbahia.com.br. Os ingressos dos espetáculos são gratuitos mas precisam ser retirados na bilheteria uma hora antes do inicio de cada obra. Este evento está sendo viabilizado através de parcerias com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE-BA, a Fundação Cultural do Estado da Bahia – FUNCEB e a AMPLA Produções e Eventos.

 

Seminário de Economia de Dança

Questões da sustentabilidade, distribuição e difusão da dança na América Latina


            Como ponta-pé nas atividades de reflexão sobre os processos econômicos que envolvem a Dança, no dia 3 de novembro, está programada a palestra “Introdução a Economia da Cultura”, ministrada pelo especialista em Economia da Cultura (consultor UNESCO, UFRGS, FACAMP e OEI), Leandro Valiati, em parceria com a SEBRAE. Em seguida, o público poderá escolher entre grupos de trabalho que colocarão em pauta questãos sobre os modos de se viabilizar a Dança considerando níveis de parceria junto ao governo, colegas de profissião e público em geral. Serão discutidas e produzidas ideias de novos projetos, alianças estratégicas e manifestos coletivos nos dias 3, 4 e 6 de novembro. As atividades do Seminário serão sempre pela manhã.

 

Jornadas sobre curadoria para Dança

Experiências e reflexões acerca deste labor na América Latina

 

            A Jornada de Curadoria terá uma duração de quatro dias, de 7 a 10 de novembro. Ela irá reunir agentes culturais nacionais e internacionais com experiência em programação, curadoria, crítica e teoria de dança, mais convidados do representantes dos territórios de identidade baianos. As discussões girarão em torno da ideia de reconhecer nas nossas práticas que tipo de pensamento curatorial estamos utilizando e como este repercute na produção artística. Principalmente, estaremos trabalhando sobre a possibilidade de construir coletivamente conhecimento sobre curadoria que responda às necessidades estéticas, artísticas, sociais e políticas da nossa região sul americana tomando em consideração sua diversidade e sua complexidade.

 

Mostra Artística PID

            Durante todos os dias da PID, 13 obras serão apresentadas em espaços diversos da cidade. Elas foram selecionadas entre 125 que se apresentaram para a seleção de curadoria em 2010, realizada por Nirlyn Seijas (artista e produtora de Dança, especialista em Estudos Contemporâneos em Dança pela UFBA), por Jaqueline Vasconcellos (vídeo-artista e produtora cultural, especialista em Estudos Contemporâneos em Dança pela UFBA) e por Gilsamara Moura (coreógrafa, bailarina e doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP). Da Bahia, participarão seis obras. Além delas, vão haver duas de Minas Gerais, uma de Santa Catarina, duas do Uruguaui, uma da Colômbia e outra da Argentina, todos de diversos formatos, durações e tendências.

            Do Uruguai, aportam em Salvador os artistas de Compañía, obra dirigida por Carolina Silveira. Segundo ela, os profissionais envolvidos neste trabalho estão interessados em processos criativos e metodologias de criação que abarquem diferentes configurações e estratégias. “Acreditamos no que cada configuração, projeto e processo demanda de dinâmicas internas. Nesse sentido nos interessa a troca de experiências e pontos-de-vista com artistas de diferentes procedências geográficas, estéticas e culturais”, comenta.

            Tomando como primera fonte de inspiração a obra narrativa do dramaturgo e escritor irlandês Samuel Beckett – em especial as novelas “Compañía” e “Malone muere”, além de uma série de contos –, a Compañía tenta desentranhar seus fundamentos e seu projeto estético implícito  para se aproximar da sua natureza a partir da linguagem das cenas. A apresentação do grupo será realizada no SESC Pelourinho, às 20h, dia 08 de novembro.

            Trazendo a companhia de dança contemporânea colombiana Danza Común, Zoitsa Noriega comenta que o interesse pela construção de uma linguagem própria resultou na criação de “Campo Muerto”, em 2008. “Procuramos que nossas propostas de movimento se articulem à um contexto específico e à poética que necessita cada um dos temas que queremos tratar”, explica Noriega. A obra a ser apresentada é uma resposta ao alto teor de violência diária observada na Colômbia. “Quisemos nos referir, especialmente, ao horror que a população civil tem sofrido”, diz ela, que estará acompanhada de oito artistas no Teatro Movimento, na Escola de Dança da UFBA , dia 10 e 11 de novembro, às 20h. 

 

O quê? Plataforma Internacional de Dança (PID)

Quando? De 3 a 11 de novembro de 2011

Quem? Profissionais e público interessado em Dança

Quanto? Grátis

Onde? Em diversos palcos e outros espaços em Salvador, Bahia.

 

Para mais informações acesse www.pidbahia.com.br.

Caso haja interesse em entrevistar algum artista, produtor, agente ou diretor envolvido no evento, favor contatar a assessoria da PID através desse e-mail.

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