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Terpsí O corpo que acredita, continua e também silencia Wagner Ferraz A Terpsí Teatro de Dança esteve com sua Instalação Coreográfica Intitulada “Ditos e Malditos” na 16 edição do Porto Alegre em Cena. A proposta busca referências nos ditos populares e nas obras de artistas considerados transgressores – os malditos. Esta Instalação foi criada para servir de laboratório, experimento e exercício na busca de se poder olhar para o que estava sendo desenvolvido e a partir disso iniciar o processo de criação de um novo espetáculo. Para quem teve a oportunidade de assistir várias vezes este processo coreográfico no ano de 2008, pode perceber que a cada apresentação esse processo apresentado sofria modificações. E nesses momentos se percebia o quanto existe pesquisa, tentativas e experimentações nos trabalhos da Terpsí. Pois como a obra estava em processo, e ainda está, seria impossível se acomodar nas estruturas e imagens já criadas. Nesta Cia de Dança a cultura construída, e que vive em constante construção, estabelece um fluxo onde não se percebe uma dinâmica de trabalho, mas sim o transito por diferentes dinâmicas. Automaticamente, as obras e processos desenvolvidos pela coreógrafa Carlota Albuquerque, pelos intérpretes e por toda a equipe estão sempre sofrendo modificações que podem ser identificadas como buscas por uma coerência entre as idéias, e o que é possível realizar de acordo com “tudo” que está disponível ou acessível. Falar da dança da Cia Tersí é falar de movimento, mas não apenas de um mover de estruturas ósseas e musculares, mas um mover claro de intenções e ideias que aparecem na cena. É claro que o mover de estruturas ósseas e musculares também pode ser compreendido como um mover de ideias, pois corpo e mente devem ser compreendidos como únicos, se opondo ao legado dualista cartesiano onde corpo e mente são estruturas separadas. Os corpos, falando-se de corpo enquanto indivíduo, que apresentam e compõe as obras da Terpsí estão em constante alteração, mas não como as alterações realizadas por adeptos do body modification e outros movimentos culturais que buscam alterações, e assim como o corpo modificado por uma cultura especifica, pela cultura descrita anteriormente que faz parte do sistema que rege a Terpsí. E isto pode ser percebido por quem assistiu “Ditos e Malditos” a Instalação no ano de 2008 e também assistiu em setembro de 2009. Muitas mudanças aconteceram, mudanças que podem ser percebidas nos corpos e automaticamente na cena. A Instalação Coreográfica vista em 2008 mantém a mesma idéia em 2009, porém se percebe mudanças que esclarecem o movimento, o trânsito, o percurso traçado pela Terpsí. “Ditos e Malditos” a Instalação leva a pensar no corpo dito, descrito, apresentado, o corpo indicado e colocado em cena, um corpo que fala por si só quando constrói esta cena. Mas ao mesmo tempo fala de um corpo “maldito” que transita entre limites e oposições, onde muitas vezes se arrisca para ter o prazer que provocar o outro, vai até o seu considerado limite para realizar seu desejo influenciando, provocando ou interagindo como o outro. É um corpo que, como organiza Carlota Albuquerque, busca referências em BECKETT quando diz “MAIS UMA VEZ” e em ALLAN POE quando diz “NUNCA MAIS”. Um corpo de limites extremos, que enquanto de um ponto de visto um acredita e se propor o exercício ritualístico da repetição, o outro firma a descrença e desistência pensando e declarando “nunca mais”. Ficha técnica: Direção: Carlota Albuquerque / Criação e direção coreográfica: Carlota Albuquerque / Elenco: Ângela Spiazzi, Gabriela Peixoto, Raul Voges, Débora Wegner, Edson Ferraz, Cesar Campos e Gelson Farias / Participação especial: Simonne Rorato / Cenotécnico: Paulinho Pereira / Figurino: Coletivo Terpsí / Iluminação: Guto Grecca / Trilha sonora: colagem de cirandas, musicais de cinema, Coco e Rosie / Produção: C3 e Ana Essarts / Crédito fotos: Cláudio Etges / Duração: 50min Publicado na edição 07 da Revista Digital Informe C3. WWW.processoc3.com Acesse: http://www.processoc3.com/informe_c3/edicao07/processoc3_edicao07.pdf www.processoc3.com www.processoc3.ning.com

Foto: Claudio Etges
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Apresentação - Informe C3

Apresentação - Informe C3Chegamos a Edição 07, com tantas atividades e pouco tempo optamos por fazer as edições de 2 em dois meses, pelo menos até o fim deste ano. Nossa proposta experimental de uma publicação periódica digital tem rendido muito mais do que esperávamos, e isso nos faz pensar em um planejamento mais focado para o ano de 2010. Estamos considerando esse imediato resultado algo bom, pois nosso projeto inicial será finalizado com a edição de dezembro e o planeja era, após dezembro analisar tudo e pensar se continuaríamos ou não com o Projeto da Revista Digital Informa C3. Mas agora já está decidido que a Revista continuará durante o ano de 2010.Esta atual edição foi uma gestação longa e dolorida, mas de muita felicidade em conseguir “linkar” tantos assuntos que nos interessam. O Porto Alegre em Cena nos proporcionou idéias que geraram a capa, pois acabamos utilizando uma frase dita nos espetáculos da Cia Terpsí Teatro de Dança (RS) e o título do espetáculo do Dimenti (BA).Nossos fies colaboradores continuam conosco. É um grande prazer e aprendizado tê-los contribuindo e dividindo suas buscas com os leitores da Informe C3. Paulo Duarte (Portugal), Marta Peres (UFRJ), Luciane Coccaro (UFRJ), Rodrigo Monteiro (RS), Priscilla Davanzo (SP), T. Angel (São Paulo) e Mario Gordilho (ES) nossa agradecimento...Também temos o prazer de ter nesta edição as contribuições de Nelci Rosa Moreira (RS); dos fotógrafos André Liza, Cecília Laszkiewicz, Rahel Patrasso com os modelos Márcia Guedes dos Santos e Ricardo Vieira em “Homem Urbano”; da Grão Imagem com as fotos do desfile (Disneylândia) do estilista Ronaldo Fraga no São Paulo Fashion Week Primavera/Verão - 2009/2010;Chamo a atenção sobre a divulgação da Rede Social do Processo C3 Grupo de Pesquisa, http://www.processoc3.ning.com, onde qualquer interessado pode ingressar criando seu perfil, lá podemos trocar idéias, informações, criar e participar de grupos, criar e participar de fóruns de discussão, conversar no chat, divulgar eventos, postar notícias e imagens no blog, postar imagens e vídeos, fazer amizades e fazer parte dessa rede de troca de informações.Assim, deixamos essa edição com nossa colaboração para que possam pensar nos rituais contemporâneos, nas repetições diárias ou periódicas, na crença, em acreditar em algo e ter certeza de que este algo é certo ou que vai acontecer. “Mais uma vez” algo vai se repetir. “Mais uma vez” seria um ritual, seria a insistência, seria a crença? E acreditar que tudo pode dar certo, ter certeza, “é batata” que algo vai acontecer. Seria ter certeza do inesperado?“Mais uma vez” estamos aqui trazendo colaborações, e “é batata” nossa contribuição com a próxima edição.Acesse:http://www.processoc3.com/informe_c3/edicao07/processoc3_edicao07.pdf" target="_blank"> http://www.processoc3.com/informe_c3/edicao07/processoc3_edicao07.pdfwww.processoc3.comwww.processoc3.ning.com
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Informe C3 - Edição 07

Informe C3 - Edião 07 Processo C3 Grupo de Pesquisa “Mais uma vez” é “Batata” Rituais/Crenças/Costumes/Valores Rituais podem ser formas de realizar algo acreditando que certos costumes e características “fundamentais” são responsáveis pela realização, a dita perfeição e concretização do que se pretende alcançar. Como são os rituais nas culturas urbanas contemporâneas? No que diferentes grupos sociais têm acreditado e reconhecido como importante? Ritual, repetição necessária ou T.O.C (transtorno obsessivo compulsivo)? Acesse: http://www.processoc3.com/informe_c3/edicao07/processoc3_edicao07.pdf www.processoc3.com www.processoc3.ning.com

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