lixo (1)

Auto-entrevista (1)

Como a sua viagem para Copenhagen afetou o andamento de Aresta?Bem, afetou muito. Fiquei um mês sem ter como pensar no projeto, completamente envolvido com a experiência de viver e trabalhar num país estrangeiro. Quando voltei, me senti preguiçoso, desconectado e com a sensação de que teria de retomar tudo do começo. Era como se voltasse à sensação dos primeiros ensaios no Centro Coreográfico lá em abril.Então a viagem não veio em hora apropriada no que diz respeito ao projeto.Quando voltei, pensei assim. Mas, no fundo, sabia que não era verdade. Como passar incólume por uma experiência dessas? Vi alguns espetáculos, falei com artistas, observei as pessoas nas ruas… algo disso certamente influenciaria o que viria depois, num nível mais subliminar.Como está acontecendo a troca com os outros dois residentes do Centro?Na verdade, isso já deveria ter acontecido antes. A Carmen (Luz), diretora do Centro, tentou estimular esse movimento entre os residentes, mas acho que pouquíssimos deram conta do recado. Daí, eu fiquei com essa provocação na cabeça, e quando escrevi a proposta de prorrogação de minha residência agora no segundo semestre, incluí a idéia de colaboração. Mas só tive duas reuniões até agora, pra convidar os artistas: a Adriana Barcellos e o André Masseno. Eles já me encheram de novas referências, foram conversas bem agradáveis e enriquecedoras. Um ótimo e estimulante início!Depois dos dois resultados anteriores, experiências com videodança e instalação, o que você planeja?Estou me dedicando à uma composição para a cena. Finalmente percebi que tinha dado conta da tarefa de acumular material, então agora vem a fase mais divertida, a de combinar, manipular e testar agregações. São basicamente 3 blocos temáticos: favela, mise-en-abyme e lixo.
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