Há quem acredite em sinais. Eu aprecio os sinais. Ainda a pouco estive com Marcela Levi e mais doze numa oficina ministrada por ela em Belém do Pará. Mas antes desse acontecimento, os sinais...

Já existe algum tempo que eu tento conceituar meu espírito e meu corpo em relação à dança; hoje, consegui. Tempo perdido...

Eu seguia para a oficina de Marcela, pensado sobre esse assunto, quando cheguei à seguinte conclusão: "No verbo da dança, meu espírito é conjugado no gerúndio, enquanto meu corpo, no particípio". Explico: meu espírito vive dançando (muito mais do que representando, como era de se esperar de quem tem uma [parca] formação de teatro) e, ao contrário, julgo que meu corpo não tem condições objetivas para o espírito dançar livre, é um corpo dançado (feito, terminado, endurecido). Voltando um pouquinho mais no tempo...

Por volta de meio-dia de ontem, eu girava o braço pelo ombro repetidas vezes numa tarefa doméstica e me perguntava, preocupado, o quanto eu poderia girar o braço sem que prejudicasse a articulação do ombro. Tipo de pensamento próprio de quem tenta enxugar uma garrafa desse modo. Adiantemo-nos no tempo...

Noite, oficina com Marcela Levi e outros doze... estudamos, investigamos e exercitamos as articulações com inúmeras repetições... e nas considerações finais, comentários sobre um corpo articulado e outro bloqueado.

Ganhei meu dia. Não graças aos sinais, apesar de eles estarem ali. E, assim, espero que meu espírito continue no gerúndio e que meu corpo conheça uma outra face do particípio.

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