colaboratorio (42)

Não vá se perder por aí, por Rachel Souza

Não vá se perder por aí Você agora desenha monstros em árvores e ri sozinho sem estímulo aparente. Está ficando louco. Queria ser escultor quando mais novo e agora, aos 77, tenta resgatar o tempo do sonho se embrenhando em matagais e parques no meio da cidade. Quem passa comenta, alguns com respeito outros com deboche e desprezo. Fazem pouco caso de seu talento e de suas proposições. São grandes bestas, talvez até maiores que você. Criaturas sem poesia e sem tessitura ocupando espaço no mundo. Sei disso tudo e, por essas e outras questões, te admiro. Você se permite o ridículo, isso é lindo e pra poucos! Amorzinho, desocupei um espaço da casa especialmente para suas atividades artísticas. Não é nada majestoso, mas é digno e suficiente para um homem de seu tamanho. Contente-se com a vida real! Compreendo suas razões e sua tentativa de fuga das mesquinharias diárias, da mediocridade gratuita. Você é sábio, nossos filhos te amam e nossos netos sentem orgulho de surfar com um avô manchado de tinta. Mas creio que esteja exagerando em algumas coisas, outro dia cismou que era um urso e pior, eu uma galinha! Isso não se faz com um amor de anos, com uma história como a nossa. Já superei todo tipo de maluquices e traições, agüentei calada escândalos de amante em padarias e dividas no botequim, mas isso é impossível de suportar. Preciso de um tempo. Por Rachel Souza, foto e texto.
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Primeiro dia com Zeynep

Zeynep começou ontem, terça-feira, a residência no CoLABoratorio, junto a outros 16 artistas, sendo duas convidadas dessa residência especificamente: Gabriela Alcofra e Raquel Souza. Em seu primeiro dia e trabalho, Zeynep propôs um exercício de improviso em cima de um material bem peculiar: cartas endereçadas à ela, em turco, de um mesmo homem, em diversos momentos de sua vida, com endereços também diversos. Cada artista escolheu uma carta, que será um primeiro passo para instigar o trabalho de improviso, que tem como fim responder ao remetente desconhecido uma "carta-performance".Para cada artista, a coreógrafa deu dicas do contexto da carta, algumas palavras ou frases, imagens literais ou abstratas. Todos anotaram em seus cadernos esse primeiro levantamento de idéias. O próximo passo é partir para o movimento. Que possibilidades no corpo pode trazer uma carta, numa língua desconhecida, de um remetente desconhecido, levando em consideração a individualidade de cada afetação, de cada artista e sua maneira de receber e ser contaminado por isso?Essas perguntas e outras que ainda surgirão, são a válvula de engrenagem para minhas reflexões, nesse olhar privilegiado, de observadora interna, no projeto CoLABoratorio. Rachel Souza também registrou suas impressões em seu blog, basta clicar em seu nome para acompanhar.
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Denise Stutz, uma nova fase

Estamos começando nossa quarta residência do projeto CoLABoratorio. Este é um momento muito especial do projeto, pois nas últimas 3 residências os artistas tiveram a oportunidade de experimentar formas muito peculiares de viver a dança contemporânea. Olhares e movimentos espalhados pelo mundo afora. O abraço inesquecível de Boyzie, o toque sutil de Mélanie, a organização e determinação dos registros multimídia de Tamara, a subversão poética das tarefas de Cristian. Assim, com a permissão de uma intimidade que só se constrói no dia-a-dia do linóleo, o grupo foi se fortalecendo como grupo e se redescobrindo como indivíduos.Com duas residências consecutivas, sem pausa - os corpos-movimento que também resistem bravamente ao cansaço dos estímulos da criação artística - começamos com Denise Stutz uma nova fase. Com seu olhar cuidadoso, Denise se propõe a orientar e deixar orientar-se pelos projetos individuais dos artistas. Estimulando a fala e a apresentação de cada projeto, o grupo ruma agora para uma elaboração do que já foi levantado, o que já vinha de antes e o que está sendo desconstruído e reconstruído pelas diversas influências experimentadas no CoLABoratorio.Um momento importante, de registro, de documentação, de elaboração. As dúvidas e os questionamentos que surgem agora parecem riquíssimos e a insegurança do trabalho completamente modificado, reformulado, sem vínculos com o projeto inicial, são na verdade a profundidade que se constrói com a reflexão. As dúvidas são polivalentes e a iniciativa parece acontecer em sintonia com esses questionamentos. A colaboração didática de Denise apresenta uma dinâmica que, ao mesmo tempo em que reserva um tempo individual para os artistas participantes, organiza leituras coletivas, apresentação de vídeos, palestras com outros artistas.E aos poucos novas formas para antigas idéias vão surgindo. A expectativa é grande. Acompanhe pelo blog!
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Amor, uma carta por Rachel

Rachel Souza, artista convidada para residência com Zeynep Gunsur no projeto CoLABoratorio, desenvolveu dois textos durante o trabalho com a coreógrafa turca. Esses textos fazem parte da "carta-performance" criada por Rachel na proposta "Uma carta para Cemal | uma carta para...". A proposta previa uma reposta criativa à Cemal, amigo de Zeynep, com quem se correspondeu por cinco anos. Influenciados pelas referências das mensagens de Cemal, os participantes criaram uma resposta para alguém querido. A artista fez uma releitura poética da imagem que a carta remetente continha em palavras. Vamos publicar as cartas de Rachel em duas edições, a primeira chama-se Amor e a segunda chama-se Não vá se perder por aí. Amor, dúvidas e vingança.

Na terrível zona de sombras habitada pelos amantes em desalinho eles se debatiam. Pelo freio da polidez quase santidade, ele sobrevivia. A carne roxa, dura, tensa. Nunca suas diferenças foram tão flagrantes quanto agora, um casal avesso pelas pálpebras, antiestético, antiético e sem futuro feliz. Ela uma galinha, ele um urso. Ela soberba, Ele sórdido. Eles, uma tarde. Sem muito se importar, ela passa por ele. Vira as costas. O ignora solenemente. Ele, palpitando o amor partido, mantém uma expressão cordial. Rosto plácido, sereno. Talvez não esteja feliz, mas aparenta um contentamento satisfatório. Semblante de promessa e um rabisco inicial. Desenha sobre uma tela presa na árvore algo ainda indecifrável. No outro lado da vida-folha o rabisco forma uma figura assustadora, ele mantém a expressão de contentamento misturado a algo menos nobre. Os caroços da memória e lampejos de libido. E espasmos de lucidez. E a figura feia e ela com medo. Ela totalmente entregue à imagem. A bichinha está assustada, apavorada, com as penas murchas, postura de quem perdeu. Quer chorar e não sabe como. Voltou por medo, covardia, dúvida, falta de entendimento. Ele cruel. Ela galinha. por Rachel Souza – para o CoLABoratorio, foto e texto
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Encerramento de residência Denise Stutz

Fechamento de residência com Denise Stutz:Pequena exposição dos processos de trabalhos desenvolvidos ao longo do projeto CoLABoratorio.*Trabalhos individuais e em grupo - influência de troca.*Os artistas apresentarão uma parte de seus processos criativos reinventados, transformados e repensados a partir do olhar do outro e da orientação dessa coreógrafa, num trabalho de colaboração, na quarta residência do CoLABoratorio. Após a apresentação, teremos um bate-papo com os artistas.Local: Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro – Studio 1 – 3º andar.Horário: a partir das 10 horas.Endereço: Rua José Higino, 115, Tijuca.Link para Google Maps:http://maps.google.com.br/maps?utm_campaign=pt_BR&utm_source=pt_BR-ha-latam-br-bk-gm&utm_medium=ha&utm_term=google%20maps
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A letter to Cemal / A letter to...The proposal is writing a “performance letter” to a person that is really important to you through studying – researching/ re-reading/ re-imagining- the letters of a very dear friend of mine, Cemal Soysalan. These letters written in 5 years time span have a lot of emotions, ideas, life-experiences, in short they contain a search of a human being who searches his place in this world. I hope through re-reading these letters (which are written in Turkish by the way), everyone will find his/her own way of writing a new letter.The concept of reading includes opening the channels of alternative perceptions and all kinds of bodily/mental research. So the participants are expected to create various material (textual/visual/bodily/movement based, etc). In the end each one would present a short version of their letters.The research also includes the perception of “being together” in a space, in a relationship, in various plateaus. That would be one of our aims in the end of 3 weeks: trying to sense the tangible moments of being together in this search.Zeynep GunsurTraduçãoUma carta para Cemal | uma carta para...A proposta é escrever uma "carta-performance" para uma pessoa que é realmente importante para você através do estudo - pesquisando | relendo | re-imaginando as cartas de um amigo muito querido meu, Cemal Soysalan. Estas cartas escritas durante um período de 5 anos tem muita emoção, ideias, experiências de vida, resumindo elas contém a busca de um ser humano por seu lugar nesse mundo. Eu espero que relendo essas cartas (que foram escritas em turco, a propósito), cada um vai encontrar seu jeito próprio de escrever uma nova carta.O conceito de leitura inclui abrir canais de percepções alternativas e todos os tipos de investigação corporal\mental. Então é esperado que os participantes criem materiais variados (textual | visual | corporal | movimento baseado, etc). Ao final, cada um apresentará uma versão resumida de suas cartas.A pesquisa também inclui a percepção de "estar junto" num espaço, num relacionamento, em patamares diferentes.Isso seria um de nossos objetivos no final de 3 semanas: tentando sentir os momentos concretos de estar juntos nessa busca.Zeynep Gunsur
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Identity, individuality, individualism. How do we begin to work with these potent and so personal subjects? The questions of identity alone bring forth so much contention, doubt and sometimes, even pain. But does identity exist? How do we navigate with care, sensitivity and honesty something so fluid, so elusive? This was the challenge that confronted our segment of the residency. Do we have identity, or do we merely reflect an imposition from an external source, or sources?In search of answers , or solutions, we only end with more questions and even fewer answers. Does the body have an identity? If so, whose? Part of the research was to find a place for the body. The body not as an abstraction or a by-product of an established and complete identity. But the body as part of thought, a part of process, or processes. The body as the genesis of connectivity, connectedness. The body as part of a common, shared space, the one thing that we all have in common.Our questions were simple, the results surprising. Rich is the place of simplicity and honesty. In the place of simplicity, generosity can’t hide. The questions persist…TraduçãoIdentidade, individualidade, individualismo. Como podemos começar a trabalhar com esse potentes e tão pessoais assuntos? As questões ligadas à identidade, sozinhas, trazem tanta discórdia, dúvidas, e, por vezes, até mesmo dor. Mas será que existe identidade? Como podemos navegar com cuidado, sensibilidade e honestidade em algo tão fluido, tão ilusório? Este foi o desafio que confrontou nosso segmento da residência. Nós temos uma identidade, ou simplesmente refletimos uma imposição de uma fonte externa, ou fontes?Em busca de respostas, ou soluções, nós só terminamos com mais perguntas e ainda menos respostas. O corpo tem uma identidade? Se tem, qual é? Parte da pesquisa foi a de encontrar um lugar para o corpo. O corpo não como uma abstração ou um subproduto de uma identidade estabelecida e completa. Mas o corpo como parte de um pensamento, a parte de um processo, ou processos. O corpo como a gênese da conectividade, conexões. O corpo como parte de um espaço comum, compartilhado, aquilo que nós todos temos em comum.Nossas perguntas eram simples, os resultados surpreendentes. Rico é o lugar da simplicidade e da honestidade. No lugar da simplicidade, a generosidade não pode se esconder. As perguntas continuam ...
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Estamos encerrando mais uma residência artística do projeto CoLABoratorio, que nesse quinto mês do programa recebeu Zeynep Gunsur, da Turquia, como coreógrafa residente. Durante seu trabalho com os artistas participantes e convidados, Zeynep desenvolveu uma proposta de criação baseada em cartas que ela recebeu de um mesmo remetente ao longo de cinco anos. Os artistas trabalharam com as imagens e referências que as cartas continham - todas estavam escritas em turco - e com exercícios de improvisação. O resultado é uma carta-performance movida sob influências diversas, inclusive sob a própria troca entre o grupo. Por isso gostaríamos de compartilhar com todos o resultado desse trabalho, fruto de um laboratório colaborativo. O encerramento de residência será feito no Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro, no dia 28 de setembro, sexta-feira. Endereço: Rua José Higino, 115 - Tijuca (Studio 1 | 3º andar) Horário: 11h Dia 28 de agosto.
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"Momento presente" é tema de oficina com Rob List

A última residência do projeto CoLABoratorio 2009, entre o grupo de 15 artistas selecionados e um coreógrafo convidado, está chegando ao final de sua segunda semana. No mês de setembro, o artista Rob List, da Holanda, segue trabalhando o "momento presente" do performer, com metodologia precisa e muita objetividade. O grupo está pesquisando modelos de movimentos que eles criaram, com diferentes dinâmicas a cada dia. São processos em duplas, onde um se movimenta e o outro observa. A intenção, tanto de quem move como de quem observa, é manter-se presente em cada momento, evitando a mecanização e o estado disperso, que Rob chama de "zona de zumbi".A outra parte do processo é um exercício de "aquecimento" mental. Com o mesmo objetivo de fortalecer a presença no momento, mas dessa vez com desenhos. Os artistas sentados, um em frente ao outro, desenham a face do outro sem olhar para o papel, apenas para o olho de seu parceiro à frente. Com a mão direita, com a esquerda e com as duas. Essas técnicas de corpo e de desenho são metodologias que Rob desenvolveu sob grande influência do Teatro Nô, técnica japonesa para interpretação em cena, e tem como principal característica administrar a energia do corpo e trabalhar a velocidade lenta.O grupo matém uma presença ativa e interessada. Em cada residência uma descoberta individual e de grupo. Alguns coreógrafos foram responsáveis por unir e tornar íntimos os artistas, outros em desenvolver os projetos indivivuais. A residência com Rob está sendo também peculiar, ela traz mecanismos, informações no corpo, para os artistas exercitarem a concentração e dessa maneira aproximar performer e público.Mais notícias no site do Panorama.
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Registros, uma palavrinha

O projeto CoLABoratorio, em sua segunda semana de residência com Denise Stutz, está caminhando para uma "exposição" de trabalhos que será apresentada na próxima semana, no encerramento da residência. Em breve estaremos enviando os convites e o programa completo estará disponível aqui no site a partir de segunda-feira, dia 27 de julho.Os artistas bolsistas, que durante a atual residência estão sendo orientados em seus trabalhos individuais, pela coreógrafa e intérprete Denise Stutz, e também na troca colaborativa entre eles, começaram uma nova fase de registro de seus trabalhos. Os produtores Anderson Café e Paula Gorini iniciaram uma série de entrevistas com os participantes sobre seus trabalhos individuais e sobre como o CoLABoratorio está influenciando, modificando, reinaugurando suas idéias iniciais. Dessa maneira, quem quiser conhecer um pouco melhor o movimento que está rondando o Studio 1, do Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro, poderá assistir aos depoimentos dos participantes, deixar comentários, interagir.Aproveito para incentivar a todos os participantes que deixem seus depoimentos também em seus blogs.Muitas novidades a partir da próxima semana no CoLABoratorio. Acompanhe de perto.
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Awilda Polanco

Awilda Polanco é intérprete e coreógrafa de dança contemporânea. Diretora do Ecos Espacio de Danza, do Grupo de Danza de la Universidad INTEC. Membro do Colectivo Encuentro de Coreógrafos Contemporáneos. Inicia seus estudos em Ritmos Espacio de Danza 1991, obtendo 5 bolsas para desenvolver um trabalho como intérprete de dança contemporânea: 1999 - Escuela Nacional de Danza Querétaro-México D.F.; 2000 | 2001| 2005 - American Dance Festival (ADF), Carolina do Norte, Duke University; 2003 - Festival Impulstanz Vienna, Austria. De 2002 a 2008 faz uma serie de oficinas de composição coreográfica e dança contemporânea com: Marianela Boan (Cuba), em 2002; Sasa Queliz, bailarina da companhia alemã Sasha Waltz & Guests 1999-2002-2005-2006, (EUA), Paul Taylor Dance Company y Momix; de Espanha María La Ribot Taller 40 Espontáneos 2004; Isabel López Compañía Mudanzas 2008; Lipi Hernández Compañía Malqueridas creaciones al limite 2008; Nanda Yure da Costa Rica Compañía Danza Una 2006; Esthel Vogrig (Italia/México) 2006; Mauro Barahona (Chile) 2008. Faz sua estreia coreográfica em 2001, com a obra Hallazgo Punto Cero no Encuentro de Coreógrafos Contemporáneos. Obra com que representa a República Dominicana no 3º Rencontres de Danse Métisses de Expresión Noire 2002 e no Festival Dancer la Ville 2004 , na Guyana Francesa. Em 2003 funda a Bló a Bló Danza Contemporánea junto com a coreógrafa e intérprete Cecilia Camino, criando 3 obras coletivas: Pi 3.14, Peligro e Exclamaciones. Essa obra ganhou prêmio na 1ª Bienal de Danza del Caribe : Caribe en Creación, apresentada em Cuba, março de 2008. Como prêmio, a Cultulresfrance organiza uma turnê com os vencedores no Caribe, a partir de outubro de 2008, e na França e Europa, em 2009. Em 2005, Awilda Polanco abre as portas da Ecos Espacio de Danza, determinada a proporcionar um espaço para fortalecer a dança como expressão autêntica de sua cultura. Ecos é a 1ª escola na República Dominicana que inclui o estilo Hip-Hop em seu programa de aulas regulares. Além de Dança Contemporânea, Afro-Jazz, Jazz Moderno, Jazz Funk, entre outras.
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Sobre o CoLABoratório RIO

Após a experiência em Teresina junto ao Núcleo do Dirceu, chego ao Rio instigado em incitar o que se espera de uma experiência colaborativa.Trocar experiências, conhecer artistas de outros lugares e contextos é um argumento plausível para defender um lugar de colaboração. Mas, colaborar para quê? Vamos montar uma performance? Uma dança? Vamos bolar um vídeo? Um filme? Um acelerador criativo?Perguntas assim podem parecer tolas a principio, mas talvez através delas podemos encontrar alguma clareza sobre nossos desejos reais em colaborar, ou não.Colaborar não significa ajudar alguém. Colaborar é somar. é usar recursos pessoais em contato com outras idéias que possam promover novos entendimentos, novos procedimentos e , portanto, novas idéias. Tenho pensado que cada individuo, na verdade, é um coletivo em si, porque sempre recorre à sua rede de relações alguma referência, alguma discussão, alguma questão. Essas contribuições indiretas portanto também fomentam um processo colaborativo como este, ganhando visibilidade no modo como você participa e conduz seus investimentos em criação, promovendo desdobramentos e estabelecendo novas redes, novas conexões.No Rio começamos nossa jornada trocando nossas cartas de intenção, as que foram enviadas na inscrição e garantiram uma vaga no colaboratorio. Trocamos as cartas e nos apropriamos de outras falas sem tempo de entende-las. Sim, foi um exercício imediato de apropriação e ficção. Como seria se aquelas palavras fossem minhas, se aquele projeto fosse meu?A partir dessa experiência pensamos em entrevistas trocadas, nos apropriando da ficção providenciada inicialmente.Nesse segundo experimento decidimos pela entrevista como uma forma de retirar maiores informações e, possivelmente, mais clareza sobre nossos projetos ou desejos de projeto.Trocamos os papéis: O entrevistador é o autor do projeto e formula perguntas para o entrevistado, que por sua conta busca maiores informações para responder e refletir sobre o “seu” projeto. Deu pra entender? Sabe o programa troca de esposas? Por ai....Tanto as cartas de intenção ou, como passamos a chamar, “depoimentos”, foram registrados em video, sem publico presente apenas camera e falantes.Dessa experiência pensamos em extrair uma metáfora que desse conta de uma resolução para algum aspecto do projeto via experiência da entrevista realizada. Encontrando uma metáfora, formulamos tarefas para se aproximar da metáfora pensada. Isso porque “tarefa” foi um dos aspectos, talvez o maior, dessas três semanas.Bom, criar uma metáfora para uma idéia não é algo simples e, tornamos ainda mais complexo quando decidimos chegar na metáfora através de uma tarefa. As tarefas eram solicitadas pelo e para o grupo, ou parte do grupo, ou individualmente (de acordo com a necessidade de cada tarefa).O que são tarefas ?São restrições, parâmetros e/ou condições formulados para produzir material fisico, situações, resíduos ou questões que auxiliem no andamento de um projeto, de uma pesquisa, de uma idéia, de uma criação. A tarefa pressupõe o exercício de formular e comunicar, para um grupo de pessoas, de forma objetiva e precisa, um campo de ação individual e/ou coletivo.Em nossas elaborações encontramos alguns tipos que promoveram algumas discussões e reformulações.Identificamos tarefas mais “dirigidas”, que se aproximaram de um “score”, e outras que providenciaram maior espaço de apropriação e distanciamento, produzindo resoluções mais improváveis.Estamos ainda pensando nas diferenças entre tarefas/ferramentas/scores (optamos por não traduzir score, o mais adequado talvez seja roteiro), onde elas convergem e o quê especificamente as tornam diferentes?Algumas possibilidades entre elas:1- uma tarefa pode me levar a encontrar uma ferramenta de criação;2- posso montar um score com tarefas e ferramentas;3- posso me utilizar de varias ferramentas para executar uma tarefa;4- posso me utilizar de outras ferramentas para testar uma ferramenta específica;5- uma ferramenta pode promover uma tarefa.Uma referência importante que nos ajudou a pensar sobre isso: http://www.everybodystoolbox.netE, é de la que vem o “Générique Performance” (GP) que testaremos em nosso último encontro que estará aberto ao público.Esse experimento conversa diretamente com o que discutimos e pesquisamos nessas 3 semanas - elaborando e compartilhando tarefas, buscando expandir nosso entendimento sobre nossos próprios processos, nossos interesses e diferentes modos de produzir.Na GP, construiremos com o público uma performance através da discussão sobre ela.Uma ficção compartilhada e produzida onde os papéis performers/público serão definidos na hora.Acontecerá dia 08/05, no Estúdio 1 do Centro Coreográfico do Rio de Janeiro (onde acontece o CoLABoratório) às 11h.
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Proposta de Tamara Cubas para o CoLABoratorio

CoLABoratorio es un programa de residencias artísticas que acontece en la ciudad de Teresina y Río de Janeiro. Por el plazo de 6 semanas, tres en cada ciudad, artistas son invitados a desarrollar algún proyecto de investigación en colaboración con un grupo de personas en cada lugar. Mi residencia conforma la segunda experiencia del 2009 seguida de artista brasilero Cristian Duarte. Laboratorio es un espacio para investigar o experimentar. Un experimento es un procedimiento mediante el cual se trata de comprobar (confirmar o verificar) una o varias hipótesis relacionadas con un determinado fenómeno. La investigación es la búsqueda de conocimientos o de soluciones a problemas. Una investigación se caracteriza por ser un proceso sistemático a partir de la formulación de una hipótesis u objetivo de trabajo, se recogen datos según un plan preestablecido que, una vez analizados e interpretados, modificarán o añadirán nuevos conocimientos a los ya existentes. La propuesta de investigación para CoLABoratorio es La patria Personal. Se propone arribar a un proyecto de creación artística a partir de una realidad histórica. El objetivo es abordar una creación, pero el problema se traduce en la dificultad de escapar de discursos historisistas, documentos históricos, Documento Grito, o sea una constatación o reafirmación de algo que ha sido cuando la implicancia o consecuencias de ese pasado son aún latentes. Para ello se confecciona un archivo ordenado y sistematizado de datos con distintos sistemas de recopilación. Se crean datos que componen múltiples series. Suponemos que estas series darán como resultado nuevas y variadas lecturas, puntos de vista, aspectos, etc., relacionados con la misma realidad histórica. Posteriormente mediante algunas estrategias ya establecidas se arriba al procesamiento de estas informaciones para dar paso a una etapa de creación. La propuesta para el espacio Colectivo de Co-Laboratorio es proponer esta metodología para desarrollar un archivo para cada proceso y ensayar estrategias de manipulación de estos datos para la creación de una propuesta artística.
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Proposta de Cristian Duarte para CoLABoratorio

Minha proposta de trabalho consiste basicamente em estabelecer um ambiente de pesquisa que incite a percepção de cada individuo sobre seu próprio processo e foco de interesse. Produzir e afinar um discurso coerente com a materialidade do que cada um produz ou pretende produzir. Não gostaria de propor nenhum modelo ou minha própria visão de mundo. No entanto se conseguirmos, através da minha experiência, elaborar juntos um ambiente de trabalho que possa ser reconhecido como parte integrante de suas próprias atividades, como algo que possa abrir novos caminhos e reflexões, que maior estimulo poderíamos obter de uma experiência colaborativa como essa ? Em meus últimos investimentos criativos me mobiliza pensar em ferramentas de criação. De que modo criamos estratégias para materializar nossas idéias em sintonia com nossos desejos e, principalmente, como podemos reter tais estratégias para que elas possam ser compartilhadas ? De que modo documentamos esses processos e, como essa documentação retro alimenta a pesquisa criativa ? Trabalhamos na maioria das vezes projetando uma ficção como dispositivo inicial de um processo, criando contextos que possam melhor acomodar nossas visualizações, nossos desejos de futuro, nossos produtos. Nesse sentido tenho me interessado em criar contextos de criação, em promover um ambiente com maior potencial de interlocução, para que desse ambiente eu possa exercitar e afinar minhas idéias e visões em contato mais sensível, concreto e acessível com o mundo à minha volta.
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Générique Performance - Colaboratorio Rio

Ola todos,Amanhã nosso ultimo dia. Como combinamos faremos o experimento "Générique Performance", que é uma ferramenta disponibilizada no site everybodystoolbox.netPara saber mais sobre isso, entre no site e clique no générique. Esta em inglês.Esse experimento conversa diretamente com muito do que discutimos e pesquisamos nessas 3 semanas. Elaborando tasks/tarefas e buscando entender melhor nossos processos, nossos interesses e praticas. De onde vêm as idéias foi a pergunta e/ou dispositivo que promoveu nosso mergulho na busca de tarefas que dessem conta de incitar e expandir nosso entendimento sobre nossos proprios trabalhos e modos de produzir.Na GP de amanhã construiremos com o publico uma performance através da discussão sobre ela. Uma ficção compartilhada e produzida onde os papéis performers/publico serão definidos na hora.Até amanhã. Merda !!!Cris
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SE VOCE TIVER NO RIO NESTE DOMINGO

A TAMARA ESTA EM RESIDENCIA NO COLABORATORIO E FAZ ESTE CONVITE PARA CRIARMOS UMA IMAGEM NESTE DOMINGO.. EU VOU... NO CENTRO COREOGRAFICO DOMINGO AS 13:00. se alguem quiser saber mais sobre a pesquisa que ela esta fazendo clique aqui Hola amigos Soy Tamara Cubas, artista uruguaya que se encuentra en residencia en Rio de Janeiro en el programa CoLaboratorio de Panorama, desarrollando una investigación (pesquisa). Este domingo tenemos intensiones de realizar un estudio fotográfico y para eso requerimos muchas personas que estén dispuestas a participar de una montaña de cuerpos desnudos. Tendríamos que llegar a por lo menos 50. Serán no mas de dos horas entre que llegamos, nos fotografiamos y nos tomamos una cerveciña, cafesiño o chocolate quente para encerrar y festejar un encuentro creativo. La propuesta es en el Centro Coreográfico, Tijuca este domingo 14 a las 13 hs. Es importante que me confirmen a tamara@perrorabioso.com quien se entusiasma y colabora con esta propuesta ya que necesito saber si llegamos al mínimo de personas necesarias. Sinceramente agradezco la colaboración y si puede renviar este email a quien consideren que pueda interesarle Saludos Tamara \ufffcWww.perrorabioso.com tamara@perrorabioso.com Guayaqui 3068 c.p. 11300 / Montevideo / Uruguay (598 2) 7072927 / 099661914
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Giti Bond

Giti Bond é diretora artística da Cia Bonde D, performer, artista visual e pesquisadora das artes do corpo. Dirigiu diversas criações no Brasil, Inglaterra, Alemanha e Costa Rica. Atualmente adota uma proposta de mistura de linguagens em sua cia, criando performances, instalações-vivas, videodança e intervenções, utilizando sempre o corpo como objeto central de suas pesquisas.
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Estão abertas as inscrições para 15 bolsistasdo Projeto colaboraToRioseis meses de residências artísticasEstão abertas até 15 de março as inscrições para 15 artistas-bolsistas do colaboraToRIO no Rio de Janeiro, programa de residências, colaboração e criação organizado pelo Festival Panorama de Dança.O colaboraToRIO acontecerá em duas edições anuais (2009 e 2010), com processos seletivos diferentes para as duas cidades do projeto, Rio de Janeiro e Teresina. A primeira edição será de 20 de abril a 25 de setembro de 2009, e contará com a participação de 6 artistas nacionais e internacionais convidados em residência, numa parceria entre organizações brasileiras e européias.O colaboraToRIO terá 1 (uma) residência por mês, com 3 (três) semanas de duração, durante 6 (seis) meses. Estas residências terão atividades lideradas por artistas residentes, oriundos da Europa, África e América Latina. Os artistas residentes serão confirmados até o final de Março – o primeiro será o paulista Cristian Duarte.O projeto colaboraToRio é uma iniciativa do Festival Panorama de Dança (Rio de Janeiro) em parceria com o Núcleo do Dirceu (Teresina), Artsadmin (Londres), Alkantara (Lisboa) e Garajistanbul (Istambul) e apoio financeiro da União Européia.No Rio serão 15 artistas-bolsistas para todo o primeiro período de 6 meses, com 5 vagas para artistas convidados para cada residência. Em Teresina, os 5 artistas convidados participarão junto com os artistas-bolsistas do TJP2.Para se inscrever, os candidatos deverão ser intérpretes-criadores já com pelo menos um trabalho desenvolvido.Devem enviar por email um currículo (2500 caracteres com espaços) e carta de intenção esclarecendo os motivos pelos quais o artista deve fazer parte do projeto e deixando claro de que forma o corpo é o objeto central de seu trabalho investigativo.Caso haja material de apoio (impressos, DVDs, etc) eles também serão considerados na avaliação e poderão ser entregues no endereço mais abaixo.PRAZO FINAL DE INSCRIÇÃO:DOMINGO, 15 DE MARÇO DE 2009Ao final das residências, os artistas deverão fazer uma pequena apresentação informal com os resultados ou reflexões do processo. Os artistas selecionados receberão ajuda de custo mensal no valor de R$500. Os artistas convidados para cada oficina não receberão ajuda de custo.A inscrição de pessoas de outros estados é permitida, mas o programa não se responsabiliza pelo custeio de hospedagem e despesas de alimentação e transporte. Os intérpretes-criadores selecionados serão em sua maioria vindos da área de dança, mas artistas de áreas como teatro, artes visuais e música serão avaliados.Não serão escolhidos estudantes universitários.Para participar como artista-bolsista, é necessária a presença mínima em 90% das atividades. A princípio, as residências serão de segunda a sexta das 9:00 as 14:00. Datas previstas das atividades*:1ª residência – 20/04 a 08/05 – Cristian Duarte (SP)2ª residência – 25/05 a 12/063ª residência – 22/06 a 10/074ª residência – 13/07 a 31/075ª residência – 10/08 a 28/086ª residência – 07/09 a 25/09*sujeito a alteração até a confirmação da seleçãoDIVULGAÇÃO DOS APROVADOS:SEGUNDA-FEIRA 23 DE MARÇO DE 2009Para inscrição: patricia.barbara@panoramafestival.comPara material via correio:Patricia BárbaraAssociação Cultural PanoramaRua da Lapa 213, sobrado20021-180Rio de Janeiro - RJBrasilPara mais informações:+55 21 2210 4007Consulte todas as informações e noticias fresquinhasem www.panoramafestival.com
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COMEÇOU HOJE O COLABORATORIO EM TERESINA

Apesar de todas as dificuldades que passa o Núcleo do Dirceu nesse momento, iniciou/se hoje em Teresina o projeto coLABoraToRIO com a residência de do coreógrafo Cristian Duarte.Logo daremos noticas e fotos aqui no movimiento, mas também será crioado um blog específico do projeto.
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CONVOCATORIAEstán abiertas hasta el 15 de abril las inscripciones para 2 artistas-bolsistas provenientes de El Salvador y Republica Dominicana para participar en el proyecto colaboraToRIO en Rio de Janeiro, un programa de residencias, colaboración y creación organizado por el Festival Panorama de Danza.Los dos artistas seleccionados estarán participando en 5 de las 6 residencias que conforman la edición de colaboraToRio 2009, comenzando el 20 de mayo hasta el 25 de septiembre.Caso estés interesado deberás confirmar disponibilidad durante estas fechas, ser coreógrafo-intérprete residente en República Dominicana o El Salvador y tener al menos una obra presentada al público. Deberás también enviar por email un currículo de máximo 2.500 caracteres con espacios y una carta de intencion esclareciendo los motivos por los cuales quieres participar del proyecto y explicando de que forma el cuerpo es el objeto central de tu trabalho investigativo. Puedes enviarnos otras informaciones adicionales a través de e-mail: links, fotos, sites, blogs, criticas, etc. (no obligatorio)colaboraToRIO contará con la participación de 15 artistas bolsistas y 6 artistas residentes coordinando actividades de creación y formación. Los artistas residentes en 2009 son Cristian Duarte (São Paulo, Brasil), Tamara Cubas (Uruguay), Boyzie Cekwana (África do Sul), Zeynep Gunsur (Turquia), Rob List (Holanda) y un artista brasileño a confirmar.El proyecto colaboraToRio es una iniciativa del Festival Panorama de Dança (Rio de Janeiro) en associación con Núcleo do Dirceu (Teresina), Artsadmin (Londres), Alkantara (Lisboa) e Garajistanbul (Istanbul) y apoio de la União Européia.PRAZO FINAL DE INSCRIPCION: miércoles 15 de abril de 2009CONTACTO: patricia.barbara@panoramafestival.com / +55 21 2210 4007DIVULGACION DE LOS APROBADOS: lunes 23 de abril de 2009Al final de las residencias, los artistas deveran hacer una pequeña presentación informal con los resultados o reflexiones del proceso.Los artistas seleccionados recibirán ayuda de coste mensual de R$500 (quinientos reales brasileños) ofrecida por el Festival Panorama y 3.500 EUR (tres mil y quinientos euros) como apoyo del Centro Cultural de España de su país.El aporte del los centros culturales de España será para cubrir gastos de viajes, acomodación, alimentacion y transporte. El aporte de Panorama puede cubrir el transporte y comidas en horario de trabajo.1ª residência – 20/04 a 08/05 – Cristian Duarte (São Paulo)2ª residência – 25/05 a 12/06 – Tamara Cubas (Montevideo)3ª residência – 22/06 a 10/07 – Boyzie Cekwana (África do Sul)4ª residência – 13/07 a 31/07 – artista brasileiro a confirmar5ª residência – 10/08 a 28/08 – Zeynep Gunsur (Turquia)6ª residência – 07/09 a 25/09 – Rob List (Holanda)
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