lá (2)

DESLOCAMENTOS..

Fico a pensar se não é disso que estamos tratando em nosso trabalho. Claro que além das inúmeras interfaces, que na conversa com Maurício Pereira, o músico, foi possível identificar, ou seja, é possível falar desta nossa pesquisa por vários recortes e interagi-los de maneira a criar um grande complexo de pensamentos e reflexões. Mas ao escrever, deslocamentos, abro um grande guarda-chuva do óbvio, visto termos escolhido um nome que também é isso, Lá e Cá. Este nome é em si um deslocamento, e o “e” detém uma força enorme da essência aqui até agora circulada. O estado de estar lá ou cá parece não ter tanta força como o fato de estarmos no “e” que é o próprio deslocamento. Iran desenhou isso, usando o “e” como signo de eletrônico e de ligação do lá e cá, e no instante em que vi gostei, compreendi e agora este sinal aparece com mais força. E ao ler e ouvir muitos comentários de nossa pesquisa chegados de tantos lugares e também nestes breves momentos de viagem foi possível sentir e presenciar de forma mais intensa este ícone incubado no pensamento. O instinto abissal criado pelo processo artístico coloca-nos em um quase medo de não saber, um voar no nada, sem chão e perdidos, mas é nele que criamos. A instabilidade e o desconforto são partes deste processo que nos faz desejar criar um ponto, um chão de trabalho. Aqui o movimento em falso que estamos colocados se faz necessário, é preciso ir, a queda é inevitável. Parece que ao estarmos utilizando ferramentas sócio digitais na produção em arte deparamos com uma necessidade e uma carência de uma aproximação táctil. Pois, tudo que esta tecnologia propicia ainda nos deixa carentes de aproximação, da necessidade do contato de entender por outras formas o que aquele outro ta dizendo. E neste momento vem a pergunta, como nasce o impulso de produzir um software? Sim, são coisas diferentes e nem estou criando uma expectativa de conduzir este texto a pensamento de colocar software como um processo artístico, mas de possibilitar um dialogo e que talvez, somente talvez exista entre eles coisas muito em comum durante o processo. Parece-me que a existência de um programa precede um vazio e ele é tão subjetivo e imaterial quando o processo vivido em arte. Usamos o meio, entramos neste espaço, cruzamos uma série de interfaces e barreiras dentro da possibilidade física digital e táctil que a colocamos em nosso corpo criando um processo de apropriação e nos descobrimos nem tão tácteis e nem tão digitais, usuários e não dependentes, mas instauramos um precedente de processos no qual o deslocamento se fez em dança o elemento de ligação.

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cia movimentoemfalso

Nossa trajetória nos fez entender que basta dar um passo que o mundo sai do lugar.


C.I.A movimentoemfalso. Após o trabalho intitulado 3mares, concorrendo
a 4 prêmios açorianos 2009, no qual o desequilíbrio foi a linha principal que nos desorientou para a instabilidade, chegamos aqui com nossas bagagens e colocando este inicio como meio, como ápice de um instante que levou tempo do possível e do necessário para se instalar no corpo pensante, iniciamos esta jornada. Maravilha escrever isso e lembrar cada um que de alguma forma fez o desequilíbrio e a incerteza serem processos.
E de vc que chegou agora.


www.movimentoemfalso.com.br


Este site é parte do processo do trabalho intitulado LÁ e CÁ (prêmio Klauss Vianna 2009) que busca dialogar com a idéia de "distância" nos tempo de hoje, tecnologias do cotidiano e a dança. Em nosso site vc encontrará passos, farelos, voos e uma vasta posibilidade de dialogos que nos deparamos ao mexer com este material. Dentro da proposta estaremos disponibilizando no mes de junho um resumo de tudo isso em um trabalho transmitido via internet ligando duas cidades do Brasil, duas platéias e interligando muitos de nós. Tudo dentro do site. Para isso vc só precisa se cadastrar.



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