pesquisa (6)

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caderno virtual dos registros da pesquisa

Dois mil e onze chega, Janeiro começa. Espero o dia de reis para dar ‘início’, ou na verdade, para oficializar o começo da Pesquisa Poética Acerca do Sapateado: o Entre a Técnica e a Tecnologia.

Que relações existem e (co) habitam o Entre a qual me refiro nessa pesquisa?

Dois lugares permeiam meu pensar. A existência de um entre onde poderia / posso procurar, agora, através da constituição de uma fisicalidade onde mergulho na busca, consciente, de um corpo do sapateador que traz consigo uma presença de tensões e atenções. E pergunto? Como deixar essa fisicalidade que é tão presente quando a atenção do corpo está voltada para ela, como deixar à mostra e com isso, estar dando a ver? A aproximação dos sensores com a parte tecnológica na programação de informática no uso de Isadora é a proposta que transitarei, também, nessa pesquisa. O outro lugar habita na observação e no mergulho do corpo do brincante. Observar aquele corpo e ficar atenta à descoberta de um corpo presente, ou seja, a existência de um corpo presente na sua totalidade (?).

Seis de janeiro e em Fortaleza acontece na reitoria da Universidade Federal um encontro de reisados. Antes que qualquer motivação passional acerca dessa manifestação sente a necessidade de relatar o choque que tive com a invasão / interferência de fotógrafos ‘profissionais’ e da imensidão de câmeras digitais e filmadoras do / no público. Preciso confessar que tinha levado a câmera filmadora para captar imagens dos brincantes como material de pesquisa de campo, no entanto estive no conflito da dualidade: assistir (participando) e registrar e diante da realidade que encontrei no que deveria ser um encontro de celebração fiquei ‘zangada’ com o não respeito que acontecia naquela invasão do terreiro do brincante. O Mateus agora está com um corpo outro, um corpo onde a interação com público e com a brincadeira não é mais prioridade, ou não são as únicas prioridades, o Mateus se preocupa em pousar para o registro, para aquilo que ficará para a posteridade. Não, quero aqui, condenar e apontar as tecnologias, como vilões, não seria a pessoa ‘correta’ para fazer isso, mas penso sobre como seria a melhor forma de coexistência desses novos corpos. Fica, aqui, a questão, pauta para a elaboração de um próximo texto.

Voltando para o corpo do brincante e sobre o lugar que me interessa como pesquisa corpórea. Observo os corpos como pessoa que dança e que dança com um passado / presente que revisita de quando em vez, as danças da tradição, e justamente por isso, focalizo o corpo desse estudo no alcance desse corpo onde o ritmo existe e que difere do corpo ritmo do sapateador, o brincante traz consigo a potência dessa palavra, ou seja, ele brinca com o corpo através e para além do ritmo que permeia aquele terreiro. Desconfio que a diferença esteja aqui: o sapateador executa, estabelece e obedece um ritmo quando o brincante dialoga com o ritmo e pensa para além dele.  Pergunto: como aproximar esses corpos de forma que essa fisicalidade que pretendo construir seja consistente?

 

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III Seminário de Pesquisa em Dança recebe performer

Rumos Itaú Cultural.

<"Eu sou uma fruta Gogóia em 5 ou 6 tarefas" é uma peça solo de dança contemporânea que trabalha o modo de manipulação de nosso contexto e imaginário. O objetivo é testar como a informação se transforma em corpo e como o corpo vira dança.


http://www.desaba.org/), onde desenvolve suas atividades artísticas.

SERVIÇO
Espetáculo “Eu sou uma fruta gogóia em 5 ou 6 tarefas”
Data: 24 de setembro (sexta-feira)
Hora: 20h30
Local: Teatro Universitário Cláudio Barradas (TUCB)
Entrada franca.
(Texto: Delianne Lima/Studio Cultura )

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Daança e Realidade Contextual

“Dança e Realidade Contextual” visa desenvolver metodologias para integrar à dança aspectos do contexto onde ela acontece. Trata-se de desenvolver a percepção e a criatividade para capturar dados do entorno e devolver respostas coreográficas. A intenção é dar prioridades para a realização de experiências em espaços públicos, buscando uma aproximação específica entre a vida e a arte da dança. O termo contexto aqui abordado envolve, não somente suas dimensões espaciais, mas também sua dimensão humana, seus aspectos históricos, sociais e políticos. A intervenção dos bailarinos no local não busca, necessariamente, destacar-se das demais atividades em curso. A idéia de integração parte do princípio de co-habitar, deixar-se contaminar pelo interno e interagir com ele, ressaltar-lo, pólo em evidencia. A tentativa é de estabelecer uma relação complexa com a dinâmica viva de cada lugar para a emergência de uma possível dança.

as imagens que se vê aqui são furto da primeira intervençao pública realizaada na Praça Brasil, no Bairro do Umarizal, em Belé

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GRUPO DE EXPERIMENTO RADAR 1

FOTO: MARCLEY OLIVEIRA Líria Morays Grupo de experimento de improvisação em dança vinculado a atividades de pesquisa da dissertação de mestrado, denominada “Emergências Cênicas: conectividade entre dançarinos no momento cênico improvisado”, realizada no Programa de Pós-graduação em Dança da UFBA. Esse grupo consiste num procedimento metodológico para levantar dados sobre experiências de cena improvisada. Assim, princípios teórico-práticos são estudados a partir de atividades experimentais, desenvolvendo atividades relacionadas à conectividade, que podem ser problematizados e analisados durante o experimento, e, simultaneamente na feitura dissertativa. O sentido de conectividade, aqui empregado, tem como referência a Teoria Geral dos Sistemas. Através dessa teoria, qualquer objeto pode ser estudado a partir de uma visão sistêmica: um conjunto de dançarinos em cena, por exemplo, pode ser considerado um sistema, assim como, o corpo que dança pode ser observado como um sistema. Em sua definição, conectividade é um Parâmetro Sistêmico Evolutivo que exprime a capacidade que os elementos de um determinado sistema têm em estabelecer conexões (VIEIRA, 2008). Bunge apud Vieira(2008),“(...)define conexões (...) como relações físicas, eficientes de tal forma que um elemento (agente) possa efetivamente agir sobre outro (paciente), com a possibilidade de mudança de história dos envolvidos.” (VIEIRA, 2008 p.37). Parece que há uma emergência de conectividade na cena de dança improvisada quando idéias dos corpos que dançam são compartilhadas. Assim, o corpo dança num trânsito entre ser agente e paciente, interagindo com outros corpos, estabelecendo uma ação criativa em conjunto. É possível que, nesse caso, a conectividade ocorra enquanto elemento intrínseco para sobrevivência da cena criativa. Composto por artistas interessados em estudos criativos na improvisação de dança, configura-se uma espécie de grupo de estudos onde cada dançarino percebe e desenvolve ações de interesses comuns do universo da improvisação. No decorrer dos encontros, as pessoas começam a reconhecer, a cada dia, características e impressões recorrentes nos experimentos criativos de uma forma continuada formulando idéias vivenciadas na conectividade. Atualmente, é composto por seis dançarinos – Bárbara Santos, Duto Santana, Fernanda Raquel, Janaína Santos, Mª Fernanda Azevedo, Rita Aquino – e a mediadora Líria Morays. O argumento central da pesquisa, à qual esse grupo está vinculado, baseia-se em estudos voltados para uma espécie de comunicação existente entre dançarinos, quando estes se propõem a dançar em conjunto. Na perspectiva de um dançarino improvisador, quando ocorre conectividade, parece que cada proposição compositiva (movimento, ritmo, estado corporal, organização de espaço coreográfico, etc.), é configurada em grupo. Portanto, há o interesse em reunir assuntos que possam ajudar a entender a conectividade na improvisação em cena, dentre eles: percepção, organização e coerência, rede, corpomídia. Nesse grupo, estão sendo testadas atividades conectivas no que tange a atenção e relações estratégicas do corpo no espaço-tempo da cena. Dessa maneira, o processo de compartilhamento de proposições, hipóteses e estudos nesse grupo tem sido importante para entender quais princípios norteiam a conectividade entre dançarinos de uma cena improvisada - pergunta-chave desse estudo de mestrado. Esse encontro apresenta um formato de aula/experimento onde pequenas atividades práticas para improvisação são propostas, seguidas de discussões, leituras e pequenas apresentações em espaços abertos. Todos os encontros são filmados e catalogados em fichas diárias com avaliação semanal. Nesses encontros, todas as experiências criativas partem de uma proposta onde a conectividade é o estímulo, o assunto e a ação. Algumas analogias estão sendo feitas a partir de organizações sistêmicas para as diversas possibilidades relacionais entre dançarinos no espaço-tempo da cena de dança. Propõe-se então que vários tipos de ações de conectividades podem emergir na configuração improvisada, como também, podem ser propostas como procedimentos de processos criativos. LOCAL O laboratório do Radar 1 é desenvolvido na Escola de Dança – instituição vinculada à Fundação Cultural do Estado da Bahia. Essa escola dispõe de um ambiente propício para investigação, em função das condições do espaço físico, pelos diversos profissionais que circulam e interagem com a escola, e pelo corpo institucional, constituído de professores/alunos/coordenações/direção/recepção. Junto com essa equipe é possível experimentar como professora, aluna, artista, pesquisadora, pessoa, as atuações em diversas conectividades. Todos os encontros acontecem nesse local às sextas-feiras, às 10:50h. Endereço: Rua da Oração, nº 01 – Pelourinho, Centro Histórico de Salvador. CONTATO: E-mail: lirica6.1@hotmail.com Tel. (71) 8204-6318 Skype – lirica6.1 http:/liriamoraysblogspot.com/ Referência citada no texto: VIEIRA, Jorge de Albuquerque. Ontologia. Formas de conhecimento: Arte e Ciência, uma visão a partir da Complexidade. Fortaleza: Expressão gráfica e Editora, 2008.
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